segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Introdução


Ser positivista é amar, conhecer e servir à Família, à Pátria, à Humanidade

A visão científica positivista dos fatos, não permite o uso de entidades não observáveis nas deduções científicas. Essa visão de mundo refletiu no plano filosófico e, embora criticada no plano teórico, teve muita influência no plano prático.

O positivismo Comtiano não pretende ser somente uma filosofia, mas mostrar a necessidade de uma reforma social fundamentando-se na descrição e análise objetiva dos fatos ou fenômenos.

O século XIX foi marcado por diversas expressões de uma nova ciência, que pretendia explicar as variadas dimensões do ser e a sociedade humana, essa ciência é a Sociologia.

Esse espaço tomado pelos variados desenvolvimentos de correntes de pensamento só foi possível devido à herança política, econômica, social e cultural que a sociedade ocidental absorveu durante a Revolução Cientifica, o Iluminismo e o avanço das Ciências Naturais acontecidos na França e na Inglaterra durante os séculos XVII ao XIX.

A Revolução Científica especificamente com o racionalismo cartesiano foi uma inovação da filosofia, pois Descartes fundamentou um novo método de pensamento onde era possível perceber a verdade através da razão. Esse método se fundamenta na dúvida metódica e na busca da prova (da evidência), então era conclusivo que toda verdade é passível de um questionamento, onde não se baseava certezas nem verdades absolutas sobre aquilo que se desejava a conhecer. Também era proposto decompor o “problema” e analisá-lo de forma isolada para assim obter idéias distintas e claras decantadas pela razão, assim era possível alcançar o conhecimento.

Outra grande influência da revolução cientifica foi o racionalismo de Bacon que entrelaçava o conhecimento a experiência sensível, ou seja, eram validas apenas as verdades que poderiam ser comprovadas pelos sentidos. Essas duas ramificações da Revolução Cientifica revolucionaram o conhecimento, pois através da razão decifrava-se a realidade e pela valorização da experiência era possível reger um controle sobre o mundo físico e natural, assim fundamentando as bases para o desenvolvimento cientifico dos séculos seguintes.

O Iluminismo também teve participação ativa na filosofia política, pois era contra os privilégios da nobreza e do clero, seu lema era Liberdade, Igualdade e Fraternidade. O iluminismo defende o uso da razão como parâmetro para a organização social e explicação do mundo. Representados por John Locke, Montesquieu, Rosseau e Voltaire, defensores da bondade natural dos homens, buscava-se a extinção das desigualdades sociais, a intolerância religiosa e os privilégios do Antigo Regime.

Essas enormes modificações culturais e ideológicas se somaram aos imensos avanços técnicos que encadearam a Revolução Industrial.

Diante dessas diversas e intensas mudanças surge a doutrina positivista criada por Auguste Comte, onde o objetivo era preservar e garantir a evolução humana em direção ao progresso, mas ao mesmo tempo em que essa ordem é estipulada, sua infração é percebida de forma negativa. Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação. Comte preocupou-se em tentar elaborar um sistema de valores adaptado com a realidade que o mundo vivia na época da Revolução Industrial, valorizando o ser humano, a paz e a concórdia universal.


"O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim"

Templo da Igreja Positivista do Brasil, em Porto Alegre/RS.

Esse pensamento positivista é o lema nacional de nossa pátria, estampada como símbolo na bandeira do Brasil.




O Positivismo influenciou de maneira considerável a sociedade nos séculos XIX e XX. Tendo em vista que a Educação é uma atividade social, também foi marcada por esta influência.