Saibam mais



DEFINIÇÕES DO TRABALHO

Título: O Positivismo na Educação Brasileira


Público Alvo: Estudantes de Ensino Médio, EJA e Graduação.


Objetivo: Possibilitar aos alunos de ensino médio, EJA e Graduação um objeto de aprendizagem prático, ao alcance da maioria e de fácil interpretação, levando em consideração as dificuldades encontradas no dia-a-dia de muitos estudantes que precisam dividir seu tempo entre escola e trabalho.


Descrição: Expor e esclarecer as influências do positivismo de Comte no Brasil (entre os séculos XIX e XX), com o enfoque em suas manifestações na educação brasileira e como essa doutrina inserida anteriormente se aplica nos dias atuais.


Autores: Amanda Paloma
                 Carla Sofia
                 Carolina Antunes
                 Carolina de Avelar
                 Sandra Gomes


Material: Blog –
http://positivismonaeducacao.blogspot.com


Licença: Liberamos essa mídia para distribuição, exibição e execução, são permitidas criações de obras derivadas contanto que o devido crédito seja atribuído aos autores. É vedada utilização com finalidade comercial.
  

---------------------------------------------------------------------------------
  
A BANDEIRA DO BRASIL

Uma grande influência do positivismo de Comte em nosso país, está em um dos nossos símbolos nacionais – é de Comte a ideia de “Ordem e Progresso”, que viria a fazer parte da bandeira do Brasil republicano.


A atual Bandeira Nacional foi adotada pelo decreto n.° 4, de 19 de novembro de 1889, quatro dias após a Proclamação da República (15 de novembro de 1889).

Sua elaboração foi realizada por Raimundo Teixeira Mendes (positivista), Miguel Lemos (diretor do Apostolado Positivista do Brasil), Manuel Pereira Reis (astrônomo) e Décio Vilares (pintor).

A bandeira do Brasil é formada por um retângulo verde, no qual está inserido um losango amarelo, cujo centro possui um círculo azul com estrelas brancas (atualmente 27) e com uma faixa branca, que contém a frase: “Ordem e Progresso”.

Cada elemento da bandeira possui um significado:
Verde: simboliza a pujança das matas brasileiras; Amarelo: representa as riquezas minerais do solo; Azul: o céu; Branco: a paz.
Estrelas brancas: representa cada estado brasileiro e o Distrito Federal.
As estrelas na Bandeira Nacional estão distribuídas conforme o céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889, no qual a Constelação do Cruzeiro do Sul se apresentava verticalmente em relação ao horizonte da cidade do Rio de Janeiro. Entretanto, Raimundo Teixeira Mendes elaborou um desenho contrariando alguns aspectos da astronomia, priorizando a disposição estética das estrelas, e não a perfeição sideral.
A primeira versão da bandeira era composta por 21 estrelas, que representavam os seguintes estados: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba do Norte (Paraíba), Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Município da Corte.
Posteriormente, foram inseridas novas estrelas, através das modificações da Lei n° 5.443, de 28 de maio de 1968, que permite atualizações no número de estrelas na Bandeira sempre que ocorrer a criação ou a extinção de algum estado. Nesse sentido, seis estrelas foram inseridas para representar os estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins. Essas foram as únicas alterações na Bandeira do Brasil desde que ela foi adotada.

A frase “Ordem e Progresso”: influência de Auguste Comte, filósofo francês fundador do positivismo, tenta passar a imagem de que cada coisa em seu devido lugar conduziria para a perfeita orientação ética da vida social.

"O Amor por princípio e a Ordem por base, o Progresso por fim"

---------------------------------------------------------------------------------

OBRAS DE AUGUSTE COMTE

 
- Sistema de Filosofia Positiva em 6 volumes – 1830-1842.

- Sistema de Política Positiva, ou Tratado de Sociologia instituindo a Religião da Humanidade. 4 vol. Paris, 1851-1854.
Catecismo Positivista ou Sumaria Exposição da Religião Universal . 1 vol. Paris, 1852.

- Apelo aos Conservadores. 1 vol. Paris, 1855. 2 ed. Tradução em Inglês e Português.

- Síntese Subjetiva ou Sistema Universal das Concepções próprios do Estado Normal da Humanidade. 1 vol. Paris, 1856.

- Testamento, Orações Quotidianas, Confissões anuais e Correspondências com Madame Clotilde de Vaux, 1 vol. Paris, 1884.

- Circulares Anuais (1850 - 1857) 1 vol. 1866. Tradução inglesa.

- Tratado Filosófico D’ Astronomia Popular, 1 vol. Paris,1845.

- Tratado elementar de Geometria Analítica. 1 vol. Paris, 1841. 2 ed. Precedida da Geometria de Descartes, em 1895. Tradução para o português, por vários alunos da Escola Militar do Rio de Janeiro. Esgotada.

- Cartas à M. Vallat (1815-1844), Paris, 1870.

- Cartas à John Stuart Mill (1841-1844), 1 vol. Paris, 1877.

- Correspondências Inéditas de Augusto Comte. Paris elaborado pela Sociedade Positivista. 1903. Quatro Volumes.

- Cartas de Augusto Comte à Diversos – Publicado pelos seus Executores Testamenteiros, Paris, 1902. Três Volumes.

---------------------------------------------------------------------------------

SAMBA DE NOEL ROSA E ORESTES BARBOSA

As ideias de Auguste Comte impregnaram a nascente República brasileira.



A verdade, meu amor, mora num poço, / É Pilatos, lá na Bíblia quem nos diz, / E também faleceu por ter pescoço, / O (infeliz) autor da guilhotina de Paris. / Vai, orgulhosa, querida, / Mas aceita esta lição: / No câmbio incerto da vida, / A libra sempre é o coração, / O amor vem por princípio, a ordem por base, / O progresso é que deve vir por fim, / Desprezaste esta lei de Augusto Comte, / E foste ser feliz longe de mim.


Este trecho do conhecido samba de Noel Rosa e Orestes Barbosa, Positivismo, de 1933, demonstra a presença da filosofia positivista no meio cultural mais popular do Brasil, a música.
 
 

---------------------------------------------------------------------------------



REFERÊNCIAS


ARANHA, Maria Lucia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia – Geral e Brasil. 3.ed. São Paulo: Editora Moderna, 2006, p. 205-206.


FERRARI, Márcio. Auguste Comte, o homem que quis dar ordem ao mundo. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/auguste-comte-423321.shtml>. Acesso em: 11 out. 2011.


GIANOTTI, José Arthur. Cultura Brasileira – Auguste Comte. Disponível em: <http://www.culturabrasil.org/comte.htm>. Acesso em: 14 out. 2011.


ISKANDAR, Jamil Ibrahim e LEAL, Maria Rute. Sobre positivismo e educação. Disponível em: <http://www.lisane.pro.br/DISCIPLINAS/AnaliseFilosofica/Artigos/UnidadeII/educa%E7%E3o_e_o_positivismo.pdf >. Acesso em: 13 out. 2011.


SILVA, Wilton Carlos Lima da. Auguste Comte, o Positivismo e a Educação. In: CARVALHO, Alonso Bezerra de e SILVA, Wilton Carlos Lima da (org). Sociologia e Educação: Leituras e Interpretações. São Paulo: Editora Avercamp, 2006, p. 13-26.